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Por Kara Leasure Shanley

Vivendo o Sonho

Vojo Deretic encontra sua casa e objeto de pesquisa no Novo México

Muitos cientistas sonham apenas em estar na vanguarda de um novo campo da biologia, mas por mais de 15 anos, Vojo Deretic, PhD, tem estado na vanguarda da pesquisa focada na autofagia - um processo celular central para muitos sistemas biológicos que podem detém a chave para novas curas.

A jornada foi cheia de riscos profissionais, fascínio e legado para Deretic, professor e presidente do Departamento de Genética Molecular e Microbiologia.

Nascido na Croácia, Deretic frequentou a Universidade de Belgrado e a Universidade de Paris para obter seu bacharelado e pós-graduação. Ele finalmente viajou para a Universidade de Illinois em Chicago para trabalho de pós-doutorado e recebeu nomeações de professores na Universidade do Texas em San Antonio e na Universidade de Michigan.

Ele se lembra de ter visitado o Novo México enquanto morava no Texas - até sonhava em ter uma casa própria em Santa Fé, apesar de ter pouca renda na época.

"Adorávamos o Novo México", diz Deretic, "então sempre havia uma grande atração". Sua mudança para a UNM levou a um trabalho de destaque no campo controverso e em rápida evolução da autofagia.

Se uma célula tiver partes danificadas ou for invadida por bactérias, ela pode remover essas substâncias nocivas ou morrer. Essa é a função da autofagia: é o mecanismo de reciclagem dinâmica da célula. As células também podem usar a autofagia para se alimentar durante a fome.

Deretic acha intrigante. "Você tem um aspecto metabólico e um aspecto de controle de qualidade", diz ele, "e muito poucas coisas têm os dois."

Investigar uma nova função celular é perigoso, especialmente quando a maioria dos biólogos ainda não percebeu seu significado. Quando começou a estudar a autofagia, Deretic já havia recebido bolsas com diferentes objetivos de pesquisa. Suas primeiras incursões no novo campo acabaram sendo pioneiras na aplicação da autofagia como uma ferramenta antimicrobiana, manipulando o processo para matar bactérias da tuberculose nas células imunológicas.

Deretic se lembra daqueles dias com carinho. "Como era um campo em desenvolvimento tão rápido", diz ele, "você podia realmente fazer ciência espetacular e fazer descobertas anualmente, e foi com isso que me acostumei".

Acostumar-se a inovações significou várias publicações em periódicos proeminentes como Ciência e Natureza, trazendo mais reconhecimento para a UNM, e Deretic percebe os benefícios que sua pesquisa traz para o Novo México.

"Não estou na ciência para trabalhar por dinheiro ou algo assim", diz ele, rindo. "Estou aqui por interesse, e é engraçado o suficiente que no Novo México eu pudesse persegui-los."

Esse interesse recentemente recebeu uma doação de US$ 11 milhões do National Institutes of Health para estabelecer o Centro de Autofagia, Inflamação e Metabolismo em Doenças no Centro de Ciências da Saúde da UNM, o primeiro centro de autofagia financiado pelo NIH desse tipo.

Deretic tem orgulho de, com a ajuda da liderança do HSC, ter conseguido um financiamento valioso para a universidade e o estado. Ele também espera que ajude futuros pesquisadores de autofagia.

"Estou particularmente feliz por não ser para mim", diz ele. "É para o meio ambiente, o corpo docente júnior e seus alunos. Isso deve dar um impulso a muitas coisas diferentes. Na verdade, não é pessoal, não é minha carreira - trata-se de várias carreiras."